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A HISTÓRIA DOS ESPORTS

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Thyago Mendrot, 37, sempre gostou de videogames. Durante a infância e adolescência, nos anos 80/90, jogos como Pac-Man, Super Mario e Sonic eram alguns dos seus passatempos prediletos. “Eu deixava de comer para ficar jogando e me divertindo”. Para muitos, os videogames não passavam de uma forma de entretenimento para consumir nos finais de semana, no entanto, a competitividade foi crescendo cada vez mais nesse meio e transformou a brincadeira em um esporte que movimenta milhões de reais anualmente. São os chamados e-sports.

 

Na década de 1990 a Nintendo realizou um dos primeiros grandes torneios de games, o Nintendo World Championship, nos Estados Unidos. Contudo, este e outros campeonatos anteriores ao ano 2000 não são exatamente o primeiro capítulo da história dos esportes eletrônicos como conhecemos hoje.

 

O jogo Counter Strike 1.6 foi o pioneiro da modalidade. Com o surgimento das lan houses o game se popularizou muito e, em 2001, houve um dos primeiros campeonatos com premiação em dinheiro. Os players se reuniram na cidade de Dallas, no Texas, para disputar o “Cyberathlete Professional League World Championship”, que tinha como recompensa 150 mil dólares. No fim, a equipe "Ninja in Pyjamas” foi a grande campeã. 

 

Hoje em dia, a grande maioria dos games possuem competições nacionais, internacionais e mundialitos com grandes premiações, como League of Legends, Counter-Strike: Global Offensive, Tom Clancy's Rainbow Six Siege, Fortnite, Free Fire entre tantos outros. 

 

PRINCIPAIS CAMPEONATOS

 

Os campeonatos variam desde regionais, nacionais e até mundiais. O CBLOL, por exemplo, é um torneio nacional que reúne 10 franquias. Os times vão desde organizações tradicionais do cenário gamer até clubes de futebol ingressando no esporte eletrônico, como o Flamengo Esports, time uma vez campeão brasileiro de League of Legends, no segundo split de 2019.

 

Ainda no LOL, outra competição muito reconhecida e valorizada é o Worlds 2021, em que os campeões de todas as regiões do planeta se reúnem para conhecer o melhor time de League of Legends do Mundo. Segundo ranking produzido pelo portal globoesporte, as três maiores premiações já distribuídas em torneios de esports são: The International 2019 (R$189 milhões), Copa do Mundo de Fortnite (R$165 milhões) e o The International 2018 com (R$140 milhões).

 

O Free Fire hoje se destaca como um dos jogos mais acessíveis ao grande público, pelo fato de estar presente nos smartphones e não precisar de uma máquina com os melhores processadores para rodar. A jornalista de e-sports do UOL, Amanda Fleure, destaca esta diferença entre a plataforma mobile e os videogames domésticos. “Os consoles chegam muito caros no Brasil, são inacessíveis. Você consegue tentar comprar fora e importar, ou achar algum amigo que vá pra lá e traga. Então, o que se torna acessível pro brasileiro são os celulares, com o Free Fire sendo o game carro chefe”.

 

COMO O BRASIL SE ENQUADRA NESSE UNIVERSO?

 

O Brasil possui bons nomes e times. No Six Invitational de 2021, campeonato mundial de Tom Clancy's Rainbow Six Siege que aconteceu no fim de maio, as equipes brasileiras fizeram história ao terminar a competição com 3 times no topo. O grande vencedor da final disputada entre as organizações tupiniquins foi a Nip, conhecida como Ninjas in Pyjamas.

 

No League of Legends, o país não costuma ir tão bem. Os times brasileiros jamais passaram da fase de grupos do mundial e costumam ter campanhas bem aquém do esperado. Amanda Fleure comenta que o nível de preparo internacional ainda é maior do que o dos brasileiros nos mundiais de LOL. “Normalmente, esses times, que são os melhores do Brasil, não conseguem ter um bom rendimento lá fora, porque se deparam com chineses, coreanos, europeus e a realidade é outra", explica.

 

Quando o assunto é Counter-Strike, o Brasil brilha pelo mundo todo. O cenário competitivo de CS:GO sempre contou com times brasileiros ou com alguns integrantes do Brasil, mas nos últimos tempos um número muito grande de equipes estão em solo internacional.

 

CUSTOS PARA SE TORNAR UM PRO PLAYER

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUANTO GANHAM OS CYBERATLETAS?

 

A partir da profissionalização dos e-sports, as premiações tornaram-se os salários dos atletas, podendo variar conforme localidade e modalidade disputada. O exemplo mais bem sucedido financeiramente é do dinamarquês Johan Sundstein, 27, jogador de Dota 2 e recordista em premiações recebidas, acumulando cerca de R$ 40 milhões e sendo considerado o pro player mais rico do mundo.

 

Apesar de um adulto ocupar o primeiro lugar no ranking dos cyberatletas mais bem pagos, há jogadores bastante jovens com recompensas expressivas. É o caso de Kyle Jackson, inglês conhecido no ambiente virtual como “Mongraal”, jogador de Fortnite que com apenas 14 anos e 20 campeonatos disputados, já recebeu em torno de R$1,5 milhão em premiações.


Entre os jogadores brasileiros, Paulo Vitor “PVDDR” Damo da Rosa, 32, que disputa na modalidade de Magic: The Gathering Arena, faturou em 2020 cerca de R$1,5 milhão, sendo considerado o valor que mais lucrou na última temporada. A quantia foi conquistada após o atleta vencer o Magic World Championship XXVI, campeonato disputado presencialmente entre os 16 melhores jogadores do mundo, em Honolulu, nos Estados Unidos.

Apesar das grandes recompensas distribuídas, o cenário gamer exige um bom investimento para ter equipamentos de qualidade e desempenhar o melhor nos jogos. A alta do dólar e a histórica falta de incentivos tecnológicos no mercado nacional complicam ainda mais o mercado. Por conta da pandemia, diversas peças de diferentes segmentos e marcas sumiram das prateleiras. Outro fator que encarece ser gamer no Brasil são os impostos de importação sobre artigos eletrônicos, que representam mais de 70% do valor da compra.  

Victor André, 21, sonha em ser um pro player e afirma que já gastou mais de 10 mil reais na máquina e periféricos para games. “Ter um bom computador para treinar e dar o seu melhor é caro. Trabalhei quase dois anos em uma empresa de rolamentos, guardei o dinheiro e montei meu setup. Entre CPU, monitor, mouse, teclado, cadeira e headset gastei mais de 12 mil reais”. 

A EVOLUÇÃO DOS CONSOLES

A EVOLUÇÃO DOS CONSOLES

Hoje os videogames fazem parte do dia a dia de muitas pessoas, mas há pouco tempo o acesso a esse tipo de entretenimento não era dos mais fáceis. Nesta série de reportagens abordaremos este e outros tópicos que marcaram a história dos consoles domésticos, passando por diversos períodos, desde a década de 1970, com a chegada do Atari e outros games pioneiros, a grande rivalidade de Nintendo e Sega nos anos 80 e 90, a dominância da Sony na virada do milênio com o Playstation e a evolução dos videogames para os esportes eletrônicos nos dias de hoje!

 

Thiago Romariz, jornalista e criador de conteúdo de cultura geek, Pablo Miyazawa e Fellipe Camarossi, ex-editores da Revista Nintendo World, Felipe de Martini, jornalista do Canaltech e Pedro Falcão, designer de narrativas do estúdio Rogue Snail, contam as histórias e experiências que tiveram com os games e como a evolução dos consoles impactou a vida de milhares de brasileiros.

1972

00:00 / 06:00

ATARI E pioneiros da indústria

o Telejogo foi o primeiro videogame 100% nacional a ser lançado no Brasil, fruto de uma parceria entre Philco e Ford.

1977

1980

Primeira grande competição, organizada pela Atari, chamada de “Space Invaders Championship”, com a participação de aproximadamente 10 mil estadunidenses.

1983

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a disputa: nintendo versus sega

1989

Chegada do console Master System ao Brasil. O videogame da Sega tornou-se líder de mercado, ocupando o espaço que era da Atari e emplacando o emblemático jogo Sonic The Hedgehog.

Lançamento do console PlayStation no Japão, videogame produzido pela Sony, trazendo melhores gráficos e sons, além de custar cerca de $100 a menos que o concorrente Sega Saturn.

1994

2000

00:00 / 06:00

consoles da geração z

1989

Séries de reportagens

MUITO VELHO PRA ISSO?

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Francisco Augusto Costa é apaixonado por automobilismo desde pequeno. “Ao invés de me dar leite, acho que minha mãe me deu gasolina na infância”, brinca. Junto de seus amigos em Petrópolis, no Rio de Janeiro, Chico, como é conhecido, constantemente se aventurava no autódromo de Jacarepaguá (RJ) e no circuito de Interlagos, em São Paulo. Na adolescência, já juntava alguns trocados para competir em algumas etapas da Stock Car.

Mais velho, aos 22 anos, mudou-se para os Estados Unidos e se formou em Sismologia na Colorado School of Mines (Escola de Minas do Colorado) antes de ter a própria empresa de ar condicionado. Chegou a trabalhar no NOAA, (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), mas sua maior paixão continuou falando mais alto. Ao longo dos anos, sempre que possível, Chico visitava algum kartódromo para se divertir. Após se mudar para o estado da Flórida, em 1992, chegou a disputar o campeonato FARA USA com um Honda Civic modificado para competição.

Mais recentemente, foi convidado pelos irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi para fazer parte do grid da Fórmula Vee, categoria de base brasileira. Fez sua estreia na modalidade em 2018 e em 2019, já conquistou o vice-campeonato. Estava tudo certo para sua participação na temporada 2020, mas com a chegada da pandemia da Covid-19 os planos mudaram. Hoje, aos 63 anos, decidiu explorar o mundo dos e-sports, mais precisamente, no automobilismo virtual. 

 

Em um cenário dominado predominantemente por pessoas mais jovens, Chico não deu bola para a diferença de idade. Ele se diz animado em competir de igual para igual com a “garotada”.

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Quais motivos o fizeram ingressar no automobilismo virtual?

 

Estava conversando sobre isso com meu neto. Eu só tinha usado simulador de carro de corrida quando tinha que correr em uma pista que eu ainda não conhecia, pra pegar as manhas do traçado. Como vi todo mundo fazendo, resolvi entrar nessa. Descobri que, dentro dos jogos, acontece muito de um grupo de amigos comprar uma pista, um carro e fazer um campeonato entre eles usando uma plataforma e convidando outras pessoas. Meu neto me avisou de uma liga de um cara de São Paulo que fazia vários campeonatos. Ele me perguntou se eu estava a fim de participar e eu disse “claro!”. O mais gostoso foi que eu andei em pistas que eu já tinha andado em carros reais e muitas outras que não conhecia, e tinha vontade de conhecer. Achei muito interessante esse negócio. Acabei ficando viciado nesse troço.

 

Levando em conta sua experiência com o automobilismo real, quais são as principais diferenças para o cenário virtual?

 

Você tem como controlar melhor o carro no real do que no virtual. Os pontos de frenagem, por exemplo, você pode frear um pouco mais dentro da curva no real do que no virtual, levando em conta o nível do desgaste dos pneus e aquecimento do asfalto. Interlagos é uma pista que muda a cada hora que você volta para um treino ou corrida diferente. Ainda mais se você tem várias categorias no mesmo final de semana. Caso caia óleo de outros carros na pista, o asfalto fica sujo e o traçado muda totalmente. Isso não acontece no virtual, tem a linha de traçado que facilita muito, no real não, você tem que se adaptar a cada sessão de treino. Nisso o virtual te dá bastante noção, de entrar na curva já olhando para a zebra da frente. A diferença do comportamento do carro entre o real e o virtual é grande,
bem grande.

 

Como é estar rodeado de pessoas mais novas que você na modalidade? Quais são os desafios dessa diferença de idade?

É um sentimento legal de poder estar brincando, porque a gente vê que não interessa a idade, interessa se você está bem fisicamente e mentalmente. Lógico que essa molecada conhece de computador e eu não, mas esses desafios, esses sentimentos de estar competindo com pessoas de várias idades e de várias partes do mundo, é legal. A gente vê o pessoal da Argentina, de Portugal. Fico com vontade de voltar pra casa logo, sentar ali, dar mais umas aceleradas, ver o que que vai acontecer no final de semana. Me faz voltar a ser jovem de novo. Eu adoro essa vida virtual. Citando uma corrida, a de Endurance, você vê, um cara como eu de 63 anos, ficar sentado quatro horas, será que eu aguento? E aí eu aguento e vejo, poxa, estou em forma, comparado a molecada de 16,19, 20 anos.  

 

Qual é o sentimento de ter a marca da sua empresa na própria equipe?

É legal né? Principalmente de você ter uma empresa, ter se consolidado com um emprego estável nos Estados Unidos, ainda mais no esporte que você ama. Eu passei muito perrengue e só comecei, realmente, a desfrutar depois de mais velho esse sonho de ser piloto. Ver isso acontecendo agora é uma sorte, graças a Deus. É muito bacana de ver, de poder também estar ajudando, colaborando com esse mundo virtual, pelo menos como patrocinador. Até no real, lá no Brasil, ter condição de ajudar outros pilotos a correr, é muito gratificante, até porque eu não tive essa chance na minha época. Então hoje quando eu posso, tento ajudar. Eu ando mais como terapia, é uma diversão fantástica. Já participei de alguns campeonatos, cheguei em alguns segundos lugares, e também ganhei uma corrida de Fórmula Indy esse ano.

 

 

Na sua visão como piloto do automobilismo nas pistas reais e virtuais, a modalidade nos e-sports pode ser uma porta de entrada para os pilotos ingressarem no cenário competitivo real?

Ainda tenho algumas dúvidas sobre isso, porque nesse mundo virtual existe uma quantidade muito grande de pilotos do mundo inteiro, fica difícil para se sobressair. Também vai muito de você ter um equipamento bom, uma direção boa, pedais legais. Eu mesmo sinto uma diferença, comprei uns pedais novos e faz diferença. Se você pensar em termos de Fórmula 1, pode esquecer, não adianta ser muito bom se não tiver um baita patrocinador. Agora, você pode pensar numa Fórmula 3, numa Fórmula 2. Me lembro que há dez anos atrás não se falava de automobilismo virtual como se fala hoje, com transmissões ao vivo. Você abre agora o YouTube, em toda a parte tem transmissões de corridas virtuais.

O senhor chegou a pesquisar quais equipamentos comprar? Como adquiriu seus equipamentos atuais?

Na época da epidemia você procurava os equipamentos necessários mas estava tudo vendido. Conversando com meu vizinho, descobri uma pessoa que casou e estava querendo vender um cockpit (banco e conjunto do simulador) com televisão, pedal e direção. Conversei com meu sobrinho que mora no Canadá, que também é um "geek'' nesse negócio de jogo, e perguntei qual computador ele me indicava. Ele me deu as especificações e eu comprei o computador já montado.

 

 

Que dicas você daria para as pessoas da sua idade que desejam entrar nesse mundo do automobilismo virtual?

Olha, eu acho que, entre o cara ficar em casa vendo televisão, enchendo o saco da mulher e ficar jogando, o game é uma distração muito legal. Eu tenho amigos da minha idade, estou tentando trazê-los, mas é como eu falei, não adianta ser só piloto, tem que conhecer um pouquinho de computador, saber como mexer. Tem muita gente na minha idade, da geração antiga, que só sabe mexer no celular e se tiver que mexer numa coisinha a mais no computador, já complica. Eu indico para todo mundo. É uma terapia muito legal, ainda mais com o cenário atual de pandemia no mundo.

 

 

Quais são os pontos positivos e negativos do automobilismo virtual?

O positivo é que eu encaro como uma terapia. Dá pra conhecer pistas do mundo inteiro que você não teria condição de viajar até o local, você pode até discutir sobre as curvas e tal, e é legal, se a pessoa for para o real, pode levar um pouco do conhecimento do virtual. É bacana você conhecer um pouco mais da informática desse mundo ligado ao virtual. O ponto negativo, eu acho que é você ficar tão viciado a ponto de dedicar quase que todo o tempo nisso aí, como eu vejo muita garotada fazendo. Tem gente que fica horas trancado no quarto jogando e Isso não é bom. 

rotina dos pro players

na pandemia

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A pandemia da Covid-19 afetou a vida de todos os cidadãos brasileiros, inclusive aqueles que atuam no meio dos e-sports. A rotina dos chamados “pro players” virou de cabeça pra baixo durante o período de isolamento social, tendo de se adaptarem à nova rotina de treinamento, seja nas gaming houses junto dos companheiros de equipe, ou nas próprias casas, distantes dos outros jogadores.

 

Os players profissionais Marcelo Quidiguino da paiN Gaming, Alexandre Fernandes da Vorax Liberty, Elisio Netto da Cisco Air Racing e Caique Duarte da Tuzzy e-sports, contam as mudanças que a pandemia proporcionou na vida de cada um desde 2020 até o momento atual. 


A psicóloga Natália Zakalski, que atua em equipes como Vorax Liberty, Fluxo e São Paulo, explica a importância da saúde mental na vida dos atletas e Rodrigo Vicente, narrador do canal ellevenTV comenta como a pandemia colocou em destaque o automobilismo virtual no cenário dos esportes eletrônicos.

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A força do machado

Era a segunda vez que passava pela sala de cirurgia por conta da escoliose, provocada por uma amiotrofia espinhal, que enfraquece a estrutura muscular e, somada ao peso do corpo, provoca a torção da coluna. Viu os irmãos, as primas e a mãe se revezarem por três meses à beira da cama hospitalar, enquanto esperava cicatrizarem as costas, que agora eretas, o escoram numa cadeira gamer frente a milhares de espectadores. 

 

O controle acinzentado de um Nintendo 64 foi o primeiro a conhecer a paixão de Gabriel por jogos de videogame, sempre acompanhado pelos dois irmãos mais velhos. “Jogávamos bastante Mario 64, Mario Party e Pokémon. Meu lugar na roda era garantido, seja para assistir ou jogar com meus irmãos, que volta e meia traziam amigos pra casa.”

 

Aos nove anos, viu as mãos largarem o controle acinzentado para que, com as bolas coloridas, pudesse jogar a bocha, esporte com modalidade paralímpica e fundamental para que mais tarde se tornasse streamer. “Por falta de transporte acabei tendo de parar com a bocha, foi quando me inspirei nos youtubers que jogavam Minecraft e surgiu a vontade de abrir um canal pela primeira vez.” 

 

O primeiro nome escolhido para representá-lo no ambiente virtual nasceu das bocas dos irmãos mais velhos que, por tanto dizerem que o caçula tinha uma cabeça grande, o incentivaram a se chamar “Cabeça.” “Sou quem sou atualmente porque eles não tiveram medo de serem meus irmãos de verdade. Não deixaram de brincar comigo por ser deficiente.” Acabou desistindo de se tornar um youtuber, o apelido não durou por muito tempo no ambiente virtual, mas a paixão pelos e-sports crescia. 

 

Passou a frequentar eventos gamers, indo pela primeira vez ao Brasil Game Show, a popular BGS, em 2014. Apesar da imersão cada vez mais intensa nos jogos virtuais, Gabriel foi surpreendido por um encontro com sua antiga equipe de bocha paralímpica no mesmo ano. Descobriu algumas mudanças no projeto esportivo, entre elas a disponibilização de uma van por conta da prefeitura de Mogi das Cruzes, que o buscava em casa e o transportava na volta dos treinos, podendo levá-lo a competir novamente. 

 

O retorno aos treinos fez com que se destacasse no esporte em 2015, até que uma forte pneumonia o derrubou. “Fiquei internado três vezes, sendo que entre a primeira e a segunda tive uma parada respiratória, que fez minha saturação sanguínea ir a 30%, quando o normal é que estivesse em 90%.” 

 

Foram três meses de recuperação até ficar sabendo de um evento para inclusão entre os jovens do Ensino Médio. Mesmo com a pausa no treinamento por tanto tempo, Gabriel resolveu dar sopa para a sorte. Participou e venceu uma seletiva para a Paralimpíada de São Paulo, indo jogar no Nordeste. Ao fim do novo campeonato, terminou em terceiro lugar e passou a receber uma bolsa atleta. 

 

A bocha que fizera Gabriel atravessar o país pôde transportá-lo das jogatinas solitárias para dentro das telas da dezena de milhares de seguidores que o acompanham como streamer. “Em 2017, percebi que com o dinheiro conquistado com a bocha finalmente poderia comprar meu primeiro computador e, assim, começar a fazer lives.” 

 

Mas não foram apenas as transmissões que possibilitaram a conquista de tantos seguidores. A presença de Gabriel nos eventos gamers desde 2014 o ajudou a conhecer importantes nomes dentro do cenário. “Antes mesmo de me tornar Machadinho, como meus irmãos sempre me levavam nesses eventos, acabei sendo influente entre os youtubers e streamers.” 

 

Durante o ano de 2018 viu os irmãos se afastarem por conta de trabalho e estudo, sem poder acompanhá-lo nos eventos. Foi quando Machadinho passou a se desanimar, chegando a flertar com um quadro de depressão, até que um de seus primos começou a embarcar nas viagens. Apesar disso, viu que não apenas mãos familiares se estendiam para que conseguisse finalmente se desenvolver na comunidade gamer.

 

No ano seguinte, contando com a ajuda de nomes importantes do cenário, como o pro player FalleN e o streamer Gaules, realizou uma vaquinha virtual para conseguir comprar uma nova cadeira de rodas, mais leve, desmontável e motorizada, que facilitasse as viagens. “Nessa época fui bastante divulgado, ficando ainda mais conhecido pela galera dos eventos e inclusive recebendo convite da Blizzard, que possibilitou uma das melhores viagens com a minha família.” 

 

Sendo notado por praticamente gabaritar os principais campeonatos de esportes eletrônicos, não demorou até que passasse a encontrar, também nesses espaços, um dos temas mais importantes em sua caminhada: a causa das pessoas com deficiência. Invadia multidões evento a evento, mas não enchia os dedos de uma só mão quando pensava em exemplos que o representassem no meio. 

 

Foi quando percebeu, na aba de notificações, a mensagem de Victor Gabriel, conhecido como o Cadeirante do CS. Bastaram poucas mensagens para que decidissem um dos projetos que mais orgulham Machadinho, o Juntos Somos Mais Fortes, que tem o intuito de potencializar a representatividade no ambiente gamer. “A gente aproveitou os contatos que tínhamos, como a equipe do FalleN, e colocamos em prática essa ideia que pode levar mais deficientes para dentro do cenário.” 

 

Apesar da comunidade PCD ainda ser tímida em relação a outros grupos minoritários, como o LGBT, já são mais de 40 streamers com deficiência, de acordo com Gabriel. “Fico muito feliz de ser um porta voz desse movimento. Espero em breve poder realizar um campeonato apenas para pessoas com deficiência.”

 

Enquanto o vácuo de representatividade ainda não se preenche com novas figuras, o cadeirante mantém a postura firme herdada desde os tempos de escoliose e com o fôlego de quem bateu uma pneumonia quase mortal. Entre campanhas nas redes sociais e através de jogos virtuais, o streamer busca materializar o Machado, sobrenome e homenagem ao avô, em busca de quebrar quaisquer paradigmas que o impõem no mundo real.

HORA DO X1

"X1" é um termo utilizado pelos gamers na hora de desafiar seu adversário para uma partida mano a mano. Agora que já sabemos um pouco mais sobre o universo dos videogames e dos e-sports, é hora de testar esses conhecimentos. Será que você é capaz de identificar os significados de termos gamers? Faça o quiz abaixo e descubra quão "gamificado" você está. 

Gamers em quarentena

Quem gosta de videogames concorda que, se jogados sem exagero, podem ser um ótimo passatempo. Desde março de 2020 o isolamento social tem sido usado como uma das principais medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus e, como consequência, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa. Diante deste cenário, os jogos eletrônicos se tornaram ainda mais presentes na rotina dos brasileiros.

De acordo com uma pesquisa do projeto “Sem Pause”, realizada com 107 pessoas, mais de 66% dos jogadores casuais relataram ter aumentado o número de horas jogando. Outros 29% afirmaram não ter tido mudança na quantidade de tempo à frente dos games e menos de 5% disseram ter jogado menos durante a pandemia. É importante salientar que a pesquisa não apresenta representatividade estatística.

Também segundo o estudo, mais de um terço dos entrevistados (34,6%) fizeram algum investimento financeiro com a finalidade de melhorar a qualidade das “jogatinas”. É o caso Felipe Lima Alcântara, 28, que é analista de sistemas. Ele aproveitou o fato de trabalhar com computadores e a paixão por jogos para adquirir um PC gamer. “Comprei equipamentos que conseguissem atender as necessidades da minha profissão e trouxesse um bom desempenho para os meus jogos preferidos”, diz.

Você percebeu alguma mudança na quantidade de horas em que você jogou durante a pandemia? 

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GRÁFICO1-3.png
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5,6%

66,4%

29%

Aumentou

Diminuiu

Não houve mudança

Fonte: Pesquisa Sem Pause

Fonte: Pesquisa Sem Pause

Fonte: Pesquisa Sem Pause

Comprou algum dispositivo com a finalidade de jogar durante a pandemia?

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65,4%

34,6%

Sim

Não

POR ONDE JOGAM?
 

Assim como as pessoas costumam imaginar, os gamers entrevistados utilizam majoritariamente os consoles como meio de diversão, correspondendo a pouco mais de 58% dos casos. Muito comuns especialmente no ambiente competitivo dos videogames, os computadores com formatações específicas para a atividade são a escolha de cerca de 54% desses players.
 

Uma plataforma que é por vezes mais acessível financeiramente, em comparação a consoles ou um PC gamer, são os smartphones. Jogos como o battle royale “Free Fire”, que se popularizaram na cena dos esportes eletrônicos, levando até mesmo duas equipes brasileiras para o torneio mundial de 2021, também podem explicar os motivos que fizeram aproximadamente 48% dos entrevistados optarem pela plataforma ao jogar.

QUAL PLATAFORMA você MAIS UTILIZA?

PC Gamer

54,3%

Smartphones

47,6%

Xbox (360, One, Series X)

27,6%

Playstation (3,4 ou 5)

26,7%

Nintendo Switch

2,9%

Games retros com emuladores

1%

Playstation 2

1%

Notebook

1%

Nenhuma das opções

1%

Não jogo

1%

Com as mudanças de hábitos provocadas pela pandemia, uma alternativa até mesmo para quem não possui o costume de se divertir com jogos virtuais, foi a possibilidade de encontro com amigos e familiares através de partidas online. De acordo com a pesquisa do Sem Pause, pouco mais de 84% das pessoas optaram por jogar em tempo real e à distância, enquanto acompanhadas virtualmente.

Um dos casos mais emblemáticos da popularização de jogos online durante a pandemia, foi o do game “Among Us”, que obrigatoriamente promoveu interação entre pessoas reunidas em salas particulares virtuais, que, através de diálogos, podem decidir quem é responsável pelos assassinatos ocorridos dentro de uma nave espacial. 

Entre os que acabaram conhecendo o jogo Among Us em decorrência do isolamento social, está o estudante de rádio e TV Guilherme Caetano, 24, que, ainda nos primeiros meses da chegada da doença ao Brasil, encontrou nas partidas online uma forma de manter contato com as pessoas. “Vários amigos meus jogavam e ficavam me chamando pra jogar, até que um dia eu aceitei, foi muito bom para poder conversar com a turma, ficando em ligação por algumas horas”, comenta.

Documentário
Perfil: Machadinho
Podcast

E-SPORTS TAMBÉM É COISA

DE MENINA

No mundo dos esportes não é raro observar tratamentos diferentes entre homens e mulheres, tanto por parte das organizações quanto pelo público. No universo dos e-sports a situação não é diferente. Mesmo com mais de 51% do público gamer brasileiro sendo feminino, vemos uma falta de representatividade nos torneios, casters e outros cargos de destaque, e ainda observamos que as mulheres enfrentam desafios como o assédio, xingamentos e preconceito. A jornalista de games e streamer, Barbara Gutierrez, a comentarista de Rainbow Six Siege pela Ubisoft, Victória Rodrigues, e a comentarista de Gears of War na Brasil Game Show, Patrícia Angélica, falam sobre os problemas sofridos pelo gênero feminino dentro do cenário dos esportes eletrônicos. 
Ouça no podcast:

00:00 / 16:55
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Jornalismo de dados
Ping Pong

A HISTÓRIA DOS E-SPORTS

Thyago Mendrot, 37, sempre gostou de videogames. Durante a infância e adolescência, nos anos 80/90, jogos como Pac-Man, Super Mario e Sonic eram alguns dos seus passatempos prediletos. “Eu deixava de comer para ficar jogando e me divertindo”. Para muitos, os videogames não passavam de uma forma de entretenimento para consumir nos finais de semana, no entanto, a competitividade foi crescendo cada vez mais nesse meio e transformou a brincadeira em um esporte que movimenta milhões de reais anualmente. São os chamados e-sports.

 

Na década de 1990 a Nintendo realizou um dos primeiros grandes torneios de games, o Nintendo World Championship, nos Estados Unidos. Contudo, este e outros campeonatos anteriores ao ano 2000 não são exatamente o primeiro capítulo da história dos esportes eletrônicos como conhecemos hoje.

 

O jogo Counter Strike 1.6 foi o pioneiro da modalidade. Com o surgimento das lan houses o game se popularizou muito e, em 2001, houve um dos primeiros campeonatos com premiação em dinheiro. Os players se reuniram na cidade de Dallas, no Texas, para disputar o “Cyberathlete Professional League World Championship”, que tinha como recompensa 150 mil dólares. No fim, a equipe "Ninja in Pyjamas” foi a grande campeã. 

 

Hoje em dia, a grande maioria dos games possuem competições nacionais, internacionais e mundialitos com grandes premiações, como League of Legends, Counter-Strike: Global Offensive, Tom Clancy's Rainbow Six Siege, Fortnite, Free Fire entre tantos outros. 

 

PRINCIPAIS CAMPEONATOS

 

Os campeonatos variam desde regionais, nacionais e até mundiais. O CBLOL, por exemplo, é um torneio nacional que reúne 10 franquias. Os times vão desde organizações tradicionais do cenário gamer até clubes de futebol ingressando no esporte eletrônico, como o Flamengo Esports, time uma vez campeão brasileiro de League of Legends, no segundo split de 2019.

 

Ainda no LOL, outra competição muito reconhecida e valorizada é o Worlds 2021, em que os campeões de todas as regiões do planeta se reúnem para conhecer o melhor time de League of Legends do Mundo. Segundo ranking produzido pelo portal globoesporte, as três maiores premiações já distribuídas em torneios de esports são: The International 2019 (R$189 milhões), Copa do Mundo de Fortnite (R$165 milhões) e o The International 2018 com (R$140 milhões).

 

O Free Fire hoje se destaca como um dos jogos mais acessíveis ao grande público, pelo fato de estar presente nos smartphones e não precisar de uma máquina com os melhores processadores para rodar. A jornalista de e-sports do UOL, Amanda Fleure, destaca esta diferença entre a plataforma mobile e os videogames domésticos. “Os consoles chegam muito caros no Brasil, são inacessíveis. Você consegue tentar comprar fora e importar, ou achar algum amigo que vá pra lá e traga. Então, o que se torna acessível pro brasileiro são os celulares, com o Free Fire sendo o game carro chefe”.

 

COMO O BRASIL SE ENQUADRA NESSE UNIVERSO?

 

O Brasil possui bons nomes e times. No Six Invitational de 2021, campeonato mundial de Tom Clancy's Rainbow Six Siege que aconteceu no fim de maio, as equipes brasileiras fizeram história ao terminar a competição com 3 times no topo. O grande vencedor da final disputada entre as organizações tupiniquins foi a Nip, conhecida como Ninjas in Pyjamas.

 

No League of Legends, o país não costuma ir tão bem. Os times brasileiros jamais passaram da fase de grupos do mundial e costumam ter campanhas bem aquém do esperado. Amanda Fleure comenta que o nível de preparo internacional ainda é maior do que o dos brasileiros nos mundiais de LOL. “Normalmente, esses times, que são os melhores do Brasil, não conseguem ter um bom rendimento lá fora, porque se deparam com chineses, coreanos, europeus e a realidade é outra", explica.

 

Quando o assunto é Counter-Strike, o Brasil brilha pelo mundo todo. O cenário competitivo de CS:GO sempre contou com times brasileiros ou com alguns integrantes do Brasil, mas nos últimos tempos um número muito grande de equipes estão em solo internacional.

 

CUSTOS PARA SE TORNAR UM PRO PLAYER


Apesar das grandes recompensas distribuídas, o cenário gamer exige um bom investimento para ter equipamentos de qualidade e desempenhar o melhor nos jogos. A alta do dólar e a histórica falta de incentivos tecnológicos no mercado nacional complicam ainda mais o mercado. Por conta da pandemia, diversas peças de diferentes segmentos e marcas sumiram das prateleiras. Outro fator que encarece ser gamer no Brasil são os impostos de importação sobre artigos eletrônicos, que representam mais de 70% do valor da compra.  

Victor André, 21, sonha em ser um pro player e afirma que já gastou mais de 10 mil reais na máquina e periféricos para games. “Ter um bom computador para treinar e dar o seu melhor é caro. Trabalhei quase dois anos em uma empresa de rolamentos, guardei o dinheiro e montei meu setup. Entre CPU, monitor, mouse, teclado, cadeira e headset gastei mais de 12 mil reais”. 

 

QUANTO GANHAM OS CYBERATLETAS?

 

A partir da profissionalização dos e-sports, as premiações tornaram-se os salários dos atletas, podendo variar conforme localidade e modalidade disputada. O exemplo mais bem sucedido financeiramente é do dinamarquês Johan Sundstein, 27, jogador de Dota 2 e recordista em premiações recebidas, acumulando cerca de R$ 40 milhões e sendo considerado o pro player mais rico do mundo.

 

Apesar de um adulto ocupar o primeiro lugar no ranking dos cyberatletas mais bem pagos, há jogadores bastante jovens com recompensas expressivas. É o caso de Kyle Jackson, inglês conhecido no ambiente virtual como “Mongraal”, jogador de Fortnite que com apenas 14 anos e 20 campeonatos disputados, já recebeu em torno de R$1,5 milhão em premiações.


Entre os jogadores brasileiros, Paulo Vitor “PVDDR” Damo da Rosa, 32, que disputa na modalidade de Magic: The Gathering Arena, faturou em 2020 cerca de R$1,5 milhão, sendo considerado o valor que mais lucrou na última temporada. A quantia foi conquistada após o atleta vencer o Magic World Championship XXVI, campeonato disputado presencialmente entre os 16 melhores jogadores do mundo, em Honolulu, nos Estados Unidos.

A EVOLUÇÃO DOS CONSOLES

Hoje os videogames fazem parte do dia a dia de muitas pessoas, mas há pouco tempo o acesso a esse tipo de entretenimento não era dos mais fáceis. Nesta série de reportagens abordaremos este e outros tópicos que marcaram a história dos consoles domésticos, passando por diversos períodos, desde a década de 1970, com a chegada do Atari e outros games pioneiros, a grande rivalidade de Nintendo e Sega nos anos 80 e 90, a dominância da Sony na virada do milênio com o Playstation e a evolução dos videogames para os esportes eletrônicos nos dias de hoje!

 

Thiago Romariz, jornalista e criador de conteúdo de cultura geek, Pablo Miyazawa e Fellipe Camarossi, ex-editores da Revista Nintendo World, Felipe de Martini, jornalista do Canaltech e Pedro Falcão, designer de narrativas do estúdio Rogue Snail, contam as histórias e experiências que tiveram com os games e como a evolução dos consoles impactou a vida de milhares de brasileiros.

1972

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1989

O Telejogo foi o primeiro videogame 100% nacional a ser lançado no Brasil, fruto de uma parceria entre Philco e Ford.

Chegada do console Master System ao Brasil. O videogame da Sega tornou-se líder de mercado, ocupando o espaço que era da Atari e emplacando o emblemático jogo Sonic The Hedgehog.

1977

Primeira grande competição, organizada pela Atari, chamada de “Space Invaders Championship”, com a participação de aproximadamente 10 mil estadunidenses.

1980

ATARI E pioneiros da indústria

Lançamento do console PlayStation no Japão, videogame produzido pela Sony, trazendo melhores gráficos e sons, além de custar cerca de $100 a menos que o concorrente Sega Saturn.

1994

1983

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a disputa: nintendo versus sega

2000

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consoles da geração z

2013

Lançamento do PlayStation 4, versão mais bem sucedida que a anterior, tendo mais de 110 milhões de unidades vendidas mundialmente.

Microsoft lança o Xbox One, que na tentativa de competir com o PlayStation 4, acabou tendo um número abaixo de vendas na comparação com o Xbox 360.

Com o sucesso do Free Fire no Brasil, criaram a Liga Brasileira de Free Fire, que conta com três divisões e apresenta a premiação de R$ 100 mil total para a equipe vencedora na elite da competição.

2020

Lançamento do XBOX 360, que além de contar com importantes franquias de jogos de tiro, como Halo e Call Of Duty, possuía a Xbox Live, que permitiu jogatinas online de maior qualidade.

2005

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Quiz
Âncora 1
Nosso time

Players do

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"Salve rapaziada, eu sou o Leonardo Cunha e tenho 20 anos. Moro em Rio Claro, interior de São Paulo. Desde 2014, jogo League of Legends, e a partir de 2015 passeia a acompanhar o cenário competitivo do jogo."

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"Fala rapaziada, me chamo Renan Fukuda, e tenho 21 anos. Sou de São Paulo e sempre fui viciado em games. Atualmente me aventuro na franquia Rainbow Six Siege, jogo que assisto o competitivo desde 2017 e jogo desde 2019 quando comprei meu PC."

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"Olá pessoal, me chamo Mateus Bertole, tenho 21 anos, moro em Osasco, Zona Oeste de São Paulo. Acompanhava mais o mundo dos videogames quando criança, sendo o Metal Slug, o jogo que mais me divertia ainda na época do PlayStation 2."

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"Olá, eu me chamo Ulysses Issamu, tenho 22 anos. Sou PCD (Pessoa com Deficiência), portador da Distrofia Muscular de Becker, sou fanático por jogos de futebol, e acompanho os campeonatos de e-sports de FIFA, PES, Free Fire e LOL."

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"Salve! Meu nome é Miguel Rocha e tenho 21 anos. Nunca fui tão bom jogando videogames, mas sempre me amarrei em jogar. Por causa da minha paixão por HQs, na maioria das vezes, procurava jogar games que envolviam super-heróis. Também sou muito fã de simuladores de futebol, como PES e FIFA, mas acho que o meu jogo preferido é o God of War II."

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"Me chamo Vinicius de Oliveira, com meus 20 anos, já joguei praticamente tudo que tenha um controle dos anos 2000 pra cá, destaque para o icônico Guitar Hero 3 do PS2. Hoje meu foco é no automobilismo virtual, competindo em diversos campeonatos do simulador Automobilista."

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